07 julho 2010
03 julho 2010
Você está triste hoje?
Pergunte a uma criança porque ela está triste. Irá ouvi-la contar que é por causa do brinquedo que não ganhou. Ou porque a roda do skate quebrou. Ou porque os coleguinhas não quiseram mudar a brincadeira e continuam jogando futebol. Ou porque a melhor amiga resolveu substituí-la por outra. Ou, ou, ou...
Criança não fica triste à toa. Tem sempre um motivo.
A criança entristece com causa e pode descrevê-la tim-tim por tim-tim pra você. Já o adulto, entristece muitas vezes sem conhecer o motivo. Simplesmente acorda diferente naquela manhã e atravessa o resto do dia com a cortina fechada, cercado por uma penumbra nostálgica, quase dolorida.
Passa o dia, às vezes dois, e até mais, trancafiado em seus aposentos íntimos sem vontade de convidar ninguém para dividir consigo a decoração down.
E quem disse que você precisa fazer uma festinha todos os dias? Você é dono do direito de se recolher em si de vez em quando. De bater um papo com a tristeza e perguntar a ela porque veio se hospedar em você nestes dias.
Deve ouvi-la com atenção. E quando ela lhe disser que você a convidou, pois bem sabe o quanto é indesejada,e, só vem se a chamarem. Acredite!
A tristeza não é muito íntima da mentira, pelo contrário, ela nunca usou disfarces, você é que teima em fantasiá-la muitas vezes, vestindo-a com a falsa alegria.
Curta o seu momento triste. Tome um chá de serenidade com biscoitos de sabedoria e converse - sem pressa – com a sua tristeza. Revele a ela por que a convidou, confesse cada detalhe que fez com que você lhe enviasse a passagem e escancarasse a porta para ela entrar.
Permita-se descobrir que ao conhecer a fundo a tristeza, ela já não parecerá tão feia e assustadora.
Não se surpreenda ao achá-la sábia. Não se espante ao considerá-la necessária - de tempo em tempo - para pôr a casa em ordem, depois dos vários dias em que a euforia habitou em você.
Após revelar-se à tristeza - mais do que ela a você – ficar triste já não lhe soará tão mal. Diminuirá o ímpeto de afogá-la em tratamentos. Desaparecerá a vontade de matá-la com remédios. Entristecer já não causará desespero. Passará a ser somente o desejo de não abrir as cortinas enquanto não quiser, com o direito que é seu.
O que não pode, de forma alguma, é deixá-la morar com você para sempre. Trate-a como uma boa visita que, quando menos se espera já está de partida, sem qualquer promessa de retorno. Embora, você saiba que ela voltará assim que receber o seu convite.
Você está triste hoje? Aproveite! É um direito seu. Prometo que não vou bater na sua porta ou espiar pela cortina.
Pergunte a uma criança porque ela está triste. Irá ouvi-la contar que é por causa do brinquedo que não ganhou. Ou porque a roda do skate quebrou. Ou porque os coleguinhas não quiseram mudar a brincadeira e continuam jogando futebol. Ou porque a melhor amiga resolveu substituí-la por outra. Ou, ou, ou...
Criança não fica triste à toa. Tem sempre um motivo.
A criança entristece com causa e pode descrevê-la tim-tim por tim-tim pra você. Já o adulto, entristece muitas vezes sem conhecer o motivo. Simplesmente acorda diferente naquela manhã e atravessa o resto do dia com a cortina fechada, cercado por uma penumbra nostálgica, quase dolorida.
Passa o dia, às vezes dois, e até mais, trancafiado em seus aposentos íntimos sem vontade de convidar ninguém para dividir consigo a decoração down.
E quem disse que você precisa fazer uma festinha todos os dias? Você é dono do direito de se recolher em si de vez em quando. De bater um papo com a tristeza e perguntar a ela porque veio se hospedar em você nestes dias.
Deve ouvi-la com atenção. E quando ela lhe disser que você a convidou, pois bem sabe o quanto é indesejada,e, só vem se a chamarem. Acredite!
A tristeza não é muito íntima da mentira, pelo contrário, ela nunca usou disfarces, você é que teima em fantasiá-la muitas vezes, vestindo-a com a falsa alegria.
Curta o seu momento triste. Tome um chá de serenidade com biscoitos de sabedoria e converse - sem pressa – com a sua tristeza. Revele a ela por que a convidou, confesse cada detalhe que fez com que você lhe enviasse a passagem e escancarasse a porta para ela entrar.
Permita-se descobrir que ao conhecer a fundo a tristeza, ela já não parecerá tão feia e assustadora.
Não se surpreenda ao achá-la sábia. Não se espante ao considerá-la necessária - de tempo em tempo - para pôr a casa em ordem, depois dos vários dias em que a euforia habitou em você.
Após revelar-se à tristeza - mais do que ela a você – ficar triste já não lhe soará tão mal. Diminuirá o ímpeto de afogá-la em tratamentos. Desaparecerá a vontade de matá-la com remédios. Entristecer já não causará desespero. Passará a ser somente o desejo de não abrir as cortinas enquanto não quiser, com o direito que é seu.
O que não pode, de forma alguma, é deixá-la morar com você para sempre. Trate-a como uma boa visita que, quando menos se espera já está de partida, sem qualquer promessa de retorno. Embora, você saiba que ela voltará assim que receber o seu convite.
Você está triste hoje? Aproveite! É um direito seu. Prometo que não vou bater na sua porta ou espiar pela cortina.
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